Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

11 de março de 2011

Sociedade Sporting apoia Bruno Carvalho

Até provas em contrário, seja através de falhas na explicação do programa ou no incumprimento de promessas, confirmo que o candidato Bruno Carvalho receberá os meus quatro votos. Fá-lo-ei com o máximo prazer. É o melhor candidato, não tenhamos dúvidas – melhor preparado em todos os vértices, impoluto do ponto de vista pessoal e profissional, com trabalho realizado no Sporting (no hóquei) e capaz de, enfrentando adversidades construídas por quem deseja a própria perpetuação no poder, construir um projecto verdadeiramente sólido, coerente, visionário e Sportinguista – respeitando o aspecto identitário do clube . A sua visão para um Sporting Clube de Portugal ganhador não se cinge a um treinador alegadamente bom, a uma equipa de dois homens (cujos méritos são mistificações de uns quantos sábios…), etc. Somos presentados com uma visão transversal para o nosso clube, algo que tem faltado há muito tempo, que hoje se encontra semi-defunto.

O Sporting Clube de Portugal tem mais de 250 núcleos. Teve, nos anos 80, mais de 100.000 sócios. É hoje um resíduo doloroso do que deveria ser, do que pode ser. Conseguir enclausurar o Sporting a tão mesquinha e insignificante dimensão é obra hercúlea, apenas executável às mãos dos mais ignorantes e incompetentes gestores que existem. Este grupo, estranhamente, é patrocinado, acto eleitoral após acto eleitoral, pela massa associativa do clube.

Os sócios são, acima de qualquer outro participante ou representante, os principais culpados. Enganados por Roquete e o seu projecto milagroso? Todos erramos. Há quantos anos andamos, de forma consciente, a ser enganados?

Godinho Lopes, candidato da linha Roquete, decidiu apelidar Bruno Carvalho de “Vale e Azevedo de terceira categoria”. O que é, digam-me se puderem, “um Vale e Azevedo de terceira categoria”? E como se define um Vale e Azevedo de primeira categoria? Ou de segunda categoria?

Vale e Azevedo, quando comparado com alguns dos rostos da Linha Roquete, é um menino do coro, uma inocente vítima de uma conspiração com contornos maquiavélicos. Vale e Azevedo roubou o clube, mas os sócios do Benfica souberam, quando chamados a tal, terminar a sua era – as evidências relacionadas com a sua má gestão eram demasiado óbvias à percepção do homem comum. A Linha Roquete, que ultrapassa largamente Vale e Azevedo em incompetência e longevidade, continua por cá, sempre patrocinada pelos rostos do costume, sempre apoiada pelos sócios do costume, que depositam cegamente a sua fé em algo que é plenamente abstracto: um projecto hino a tudo o que é genérico, básico, até trivial, por vezes

Com que direito, pessoal, profissional ou eleitoral, é que Godinho Lopes desfere tão ácido e injusto ataque? Eu, porém, compreendo. É a estratégia de um homem que, em pleno debate, se viu cilindrado pela argumentação de uma candidato várias vezes superior – a Linha Roquete sofreu aí o seu primeiro revés eleitoral. É o grito de revolta de um homem que julgava participar num combate eleitoral tão ou mais expectável, na sua conclusão, que os anteriores.

Tal como previ (julgo-me melhor capacitado em tal que a Maya, por exemplo) que Godinho iria utilizar a estratégia da calúnia e da oferta rápida de nomes aparentemente sonantes do mundo do futebol, creio que esta atitude, de má educação e baseada unicamente em apreciações individuais – subjectivas e manufacturadas ao sabor do vento (sondagens) - e não de projectos e credibilidade (característica que Godinho não possui), não terminou, pelo contrário. A Linha Roquete encontra-se cimentada no interior do nosso clube. Fará tudo para que tal estatuto continue.

Godinho Lopes, que adopta um discurso que tenta transmitir a ideia de que, tanto em 1999/2000 como em 2001/2002, foi ele que decidiu, jogou, treinou e apoiou, sendo portanto o único responsável pelas conquistas de então, pede o seguinte a um sócio do Sporting:

Confiemos em Nobre Guedes, que é sócio há uns míseros anos, isto quando nos consciencializamos da sua importância hierárquica no Sporting. Confiemos em Luís Duque, que só se disponibiliza quando o nó judicial lhe aperta o pescoço. Confiemos em Carlos Freitas, o tal miraculoso director-desportivo que contratou um batalhão de jogadores que não produziram qualquer retorno ao clube. Confiemos numa linha administrativa, a Linha Roquete, que, ano após ano, defrauda o clube, os sócios e a história vitoriosa da mais vencedora instituição desportiva de Portugal. Confiemos em Paulo Pereira Cristóvão, que ganha mais um cliente, o Sporting, para a sua empresa de segurança.

O estilo do discurso de Godinho Lopes é básico: confiem em nós, que somos apenas uma maquinação de uma hipotética credibilidade e competência que nunca se viu concretizada, não nos outros, os tais “aventureiros”. Agora, os “Vale e Azevedos de terceira categoria”.

Haverá mais, tenho a certeza. Por outro lado, tenho também a certeza de que só o Bruno Carvalho, através de eventuais erros ou promessas incumpridas, me fará não votar nele. Mantendo o actual discurso e postura, Bruno Carvalho é o candidato ideal para a recuperação institucional, identitária, desportiva e financeira (ordem aléatória) do Sporting Clube de Portugal.

As críticas de Godinho são de fonte subjectiva. São criações que visam o benefício eleitoral. As criticas de Bruno Carvalho são factos, números que não podem ser desmentidos. É esta a via a seguir. Falar a verdade e culpabilizar, vezes sem conta, quem participou no delapidar regular do Sporting Clube de Portugal.

Em frente, Bruno Carvalho.